
Edilaine M. Vidotto Rech, 40, é professora de História e atleta há 24 anos. Recebeu muitas medalhas e títulos estaduais, nacionais e internacionais. Sua última e grande conquista foi o recorde nacional da marcha 50 km feminino no Festival de Marcha, disputado em Londres, no dia 2 de outubro deste ano. Sua marca foi de 5 horas, 31 minutos e 40 segundos.
A paranaense, de Cornélio Procópio, é uma das poucas mulheres que ousam participar de provas tão desgastantes como a marcha atlética de 50 km. Tornou-se a primeira atleta Ibero-americana nessa modalidade. Primeira do Brasil, América Latina e todos os países de fala portuguesa; e a 11ª do mundo na prova mais longa do atletismo oficial.
“A marcha atlética é a prova mais desgastante e mais longa (50 km) do atletismo oficial. Até o dia 31 de Dezembro de 2015 a prova era exclusivamente para homens, ficando às mulheres somente os 20 km e 20.000 metros (Km se dá em provas de rua e metros em provas de pista). A partir de 2016, nós mulheres, conquistamos o direito de participar também dessa prova, e ela já acontecerá nos próximos jogos olímpicos do Japão. O objetivo, primeiramente, é me tornar a primeira mulher do país oficialmente na prova e, consequentemente, apoiar uma causa social para o Pedrinho, um bebê com Leucinose e que vive em Sertanópolis”, explica Edilaine que é graduada no Curso de Bacharelado em Teologia da FTSA.
“Tive professores ótimos que me ensinaram a ver a teologia pelo o aspecto mais importante: “fazer” teologia.”
Para ela sua experiência como estudante na FTSA foi marcante. “Pude aprender a sobreviver em meio às crises de identidade quanto ao chamado ministerial. Tive professores ótimos que me ensinaram a ver a teologia pelo o aspecto mais importante: “fazer” teologia. Também tive a oportunidade de receber o apoio na íntegra da FTSA como aluna bolsista/atleta. Apesar de uma lesão bem séria e longa, a faculdade manteve o compromisso de me ajudar na caminhada de formação e recuperação física”.
Como resultado deste aprendizado do fazer, Edilaine envolveu-se com projetos sociais e hoje preside a ONG – Instituto MetaHum. “Eu levo como ministério. O projeto tem por objetivo promover ações pastorais que mobilizem a sociedade e fomente a discussão sobre Missão Urbana com as igrejas. Um de nossos projetos é a Escola de Atletas, que oferece a prática do atletismo e oficinas na área do saber. A base pra desenvolver o trabalho veio da formação ministerial e apoio de amigos, também graduados da FTSA”.
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